| Chegou, chegou, chegou com Deus Chegou, chegou o Caboclo das Sete Encruzilhadas |
Ovelhas abenegadas do Rebanho de Maria, Salve o Sete Encruzilhadas, salve a estrela da guia Salvai, salvai, doce nome de Maria, A Virgem da Piedade, há de ser a nossa guia |
| Eles são três caboclos, caboclos de Jacutá Eles giram noite e dia para os filhos de Oxalá Sete com mais sete, com mais sete, vinte e um Salvemos os três setes, salve os três de um a um Sete Montanhas gira, quando o dia vai raiar Seu irmão Sete Lagoas, quando a noite vai chegar Do romper do dia até alta madrugada gira o Caboclo das Sete Encruzilhadas |
Quando ele vem lá do Oriente Ele vem com ordem de Oxalá Sua missão é muito grande, Espalhar a caridade e a seus filhos abençoar Saravá Mamãe Oxum - Saravá Papai Oxalá Saravá o Sete Encruzilhadas, Que é nosso Rei e dono deste Jacutá |
| Jurema...aonde está sua flecha Jurema...que mora no Jurema ô salve o sol, salve a lua salve o cruzeiro Salve o Sete Encruzilhadas...saraváo seu terreiro |
Quando ele vem lá do Oriente Ele vem com ordem de Oxalá Sua missão é muito grande, Espalhar a caridade e a seus filhos abençoar Saravá Mamãe Oxum - Saravá Papai Oxalá Saravá o Sete Encruzilhadas, Que é nosso Rei e dono deste Jacutá |
| Ouvi meu Pai assoviar, ele mandou chamar Vem de aruanda ê vem de aruanda á Caboclo...é rei de Umbanda É de Aruanda á |
Tambor, tambor, vai buscar quem mora longe Cama Oxóssi na mata Ogum, no Humaitá Xangô lá na Pedreira Yansã e Yemanjá |
| Imbalaê...babá Imbalaê Ele veio de Aruanda pra Umbanda Saravá Saravá o Seu Flecheiro que é chefe de gongá |
Coque...Coque..Coque... Lá na mata virgem, onde o ronco é caboclo Saravá o Seu Flecheiro e a sucuri piou |
| Lá na Jurema, de trás de um pé de ingá, Aonde a Lua clareia, meu Pai ! Eu vi o Seu Flecheiro passar, Jurema, Jurema, olha o seu Juremá ! |
Assovia, assovia...ele assoviou Cadê os caboclos da Mata que ainda não chegou |
| Pena Dourada, sua mata está em flor.... Seu gongá ta muito lindo, caboclo em seu louvor Sucuri piou..piou... Sucuri piou...piou em seu louvor |
Ele veio de tão longe Para sarava o endá Ô bendito louvado seja ele é o rei do panaiá Ô bate o bumbo lá na aldeia...ê...á |
| Tem caçador na beira do caminho Mas não me mate essa coral na estrada Ela abandou sua chopana caçador Foi no romper...da madrugada |
Ele é caboclo, da banda de lá Quando vem a cobra, corre pra matar Ele atirou a sua flecha, mas errou Sentou-se na areia e pôs se a chorar |
| Eu me perdi meu pai...eu me perdi...lá nas matas do amazonas, me perdi Eu procurei Seu rompe-mato e não achei Lá nas matas da Jurema, eu encontrei |
Oxalá mandou...ele mandou buscar... Os caboclos da Jurema Ô lá no Juremá... Pai Oxalá...ele é o Rei do mundo inteiro Já deu ordem pra Jurema Pra apanhar seus capangueiros Mandai...mandai...minha cabocla de pena O seu conselho...essa é a ordem suprema |
| Aqui nessa aldeia, tem um caboclo que ele é real... Ele não mora longe...mora aqui mesmo nesse casuá |
Ele atirou...ele atirou ninguém viu Pena Dourada é quem sabe, aonde a flecha caiu |
| Na montanha de seu sete montanhas, aonde mora seu cobra coral... Umbanda deixa a gira, girar |
Sucuri...jibóia...quando vem beirando o mar... Olha como broconhou a sua cobra coral Segura essa jibóia, não deixa ela fugir Porque o nome dela é jibóia sucuri |
| Sindolêlê auê gauiza...sindolêlê é sangue real Mas ele filho ou é neto da jurema Sindolêlê auê gauiza Gauiza..ele é rei...é orixá Gauiza é um tatá...é orixá |
Que caboclo lindo...que vem da Bahia...ele traz nas mãos três aves-maria Uma era a lua...outra era o sol Na outra vinha o caboclo girassol |
| Ele é caboclo ele é flecheiro...bumba na calunga... É laçador de feiticeiro Mas ele vem firmar seu ponto Bumba na calunga E vem firmar nesse terreiro |
Estrela matutina...clareia o mundo sem parar A Umbanda diz que meu pai é caboclo Ê, rê, rê, rá |
| Apareceu lá no céu Um estrela do mar, Era Oxóssi Sete Ondas... Era O xóssi do Mar |
Mas ele tinha uma cabocla de penas Soltou lá nas matas, pra ela passear Pra ver a força que a Jurema tem, Pra ver a força que a Jurema dá |
| A rosa no jardim amanheceu... Papai está lhe chamando, lá vem ela Ela vem de longe, lá da sua aldeia Ela é Jupyara, ela não bambeia ! |
Com sua flecha e seu bodoque A girar, a girar Vem cumprindo a lei de toda Juremá Penacho lindo, eu nunca vi assim Quem vem na Umbanda saravá É o Caboclo Mirim |
| Eu vi, eu vi Nanã Eu vi Oxum na beira do rio Ele só descansa ao romper da aurora Seu cachoeira vai chegar agora |
O seu Tupy, mora na beira da praia Sua choupana quem deu foi Yemanjá E no seu ponto, tem o sol e tem a lua Sete Estrelas, Sete Flechas E sua Cobra Coral |
| Pena Branca da Palmeira Como brilhas ao luar Ô que lindo caçador Caçador da Jurema...Juremá |
Caboclo bom, caboclo bom Vem chegando de Aruanda Caboclo bom, caboclo bom Vem salvar filho de Umbanda Eu tenho fé, na Virgem Maria A Estrela Dalva há de ser a nossa guia |
| Treme Terra...Treme Mar Quero ver terra tremer Sou caboclo, sou africano Quero ver terra tremer |
Caçador de Urubá veio caçar Caçador de Urubá, ê, á |
| Vestimenta de Caboclo é samambaia...samambaia..samambaia Saia caboclo Não me atrapalha Saia do meio da samambaia |
Valente em sua tribo Caçador audaz Em nome de Tupã...foi cacique foi Pajé Na Tribo do Guarany, o seu nome é aymoré Aymoré, moré, moré Aymoré, moré, moré |
| É banda, é banda, é banda, é banda é ! Sua banda é de ouro é Seu saiote é de ouro é Seu penacho tem pena dourada Ele é da Guiné |
Ele corta língua, ele corta mironga Ele corta a língua de falador Aonde ele passa não há embaraço Chegou Ubirajara do peito de aço |
| Caboclo Roxo Da cor morena É Seu Oxossi Caçador da Jurema Ele jurou Ele jurara Pelos conselhos que a Jurema Vem nos dar |
A Estrela Dalva é nossa guia Clareia o mundo sem parar Ilumina a mata virgem Cidade de Juremá |
| Fui buscar em meu gongá O que eu deixei em Aruanda Aqui está o Caboclo Arruda Pra vencer essa demanda A falange de Arruda É cheia de boa vontade Vai pedir a Mãe Santíssima Nossa Senhora da Piedade |
Ê...rê..rê...caboclo sete flechas no gongá Saravá seu sete flechas, que ele é o rei das matas A sua bodoca atira ô baranga, sua flecha mata |
| Seu Ubirajara, quando vem das matas Ele traz na cinta, uma cobra coral Era uma cobra coral...era uma cobra coral |
Na sua aldeia ele é caboclo Seu Rompe Mato e Seu Arranca Toco Na sua aldeia, lá na Jurema Não se faz nada, sem ordem suprema |
| Cruza a espada com a lança Na cidade, da Jurema Salve Seu Rompe Mato...ê Salve Seu Rompe Mato, que ele é Seu Tira Teima |
Luar...luar...caboclo da lua já chegou vai dizer a sua banda, que o terreiro salvou |
| Arreia capangueiros Capangueiros da Jurema Arreia capangueiros Capangueiros Juremá |
Ô Juremê... Ô Juremá... Sua flecha caiu serena, ô Jurema Dentro desse gongá... ô salve São Jorge Guerreiro Salva Sebastião Saravá todos os caboclos Que nos dão a proteção |
| Caiu uma folha na Jurema Veio o sereno e molhou E depois veio o sol Enxugou, enxugou E as matas se abriram Toda em flor |
Quem quer viver sobre a terra, Quem quer viver sobre o mar, Salve a Cabocla Jandira, Salve a Sereia do Mar |
| Caboclo do Mato trabalha Com São Cipriano e Jacó Trabalha com chuva e com vento Trabalha com a lua e com sol |
Caboclo, salve a sua banda e Salve seu gongá lá na aruanda Auê...ele é caboclo de Oxóssi Vem de Aruanda, pra salvar a sua banda...ô caboclo |
| Caboclo não tem caminho para caminhar, Caboclo não tem caminho para caminhar, Ele Caminha por cima das folhas, Por baixo das folhas, Em qualquer lugar |
Eu vi, lá no céu Ô lá no seu eu vi a lua brilhar Eu vi o sol, a estrele-guia Eu também vi o caboclo ventania Com sua flecha, com seu bodoque pela cidade, da jurema sua chopana quem lhe deu foi Oxalá |
| O vento lá mata assobia Arrebenta os galhos, espanta a passarada No céu uma estrela irradia anunciando a chegada do caboclo ventania |
Brilham sete estrela no céu Ô brilham sete estrelas no mar Ô brilham sete estrelas na mata Seu atira-tira vai chegar no jacutá |
| Que lindo...capacete de pena Que tem a cabocla jurema É lindo e quem lhe deu foi Oxalá Jurema, filha de Tupinambá Jurema, é rainha das matas erê...erê...erá.... |
Inhasã mandou catar folha da Jurema Se a folha tá seca, quero ver balancear |
| Ô Guiné, guiné Ô Guiné de Umbanda Com os poderes de Deus Nessa linha ninguém tomba Fui no mato apanhar adubo Cheguei lá apanhei guiné Pra fazer os meus trabalhos Seja o que Deus quiser (Ô guiné, guiné) |
Ele é um índio, ele é um índio, ele é um índio Ele é um índio aonde o sol nasceu O Seu Guará ele é um índio Ele é um índio aonde o sol nasceu Caboclo Roxo ele é um índio Ele é um índio aonde o sol nasceu |
| Ele é um caboclinho muito levado das matas Uma cobra coral, quase que ele mata |
Seu capacete é carijó Que brilha na noite de luar Caboclo pequenino caçador... ô... ô... Filho da cobra coral |
| Hoje é dia de alegria no terreiro de Oxalá Sarava o seu Guará que ele é chefe de gongá Embala eu babá, embala eu Embala eu babá, embala eu |
Hoje tem festa na aldeia Aldeia que caboclo mora Os atabaques fazendo seu aloja Para homenagear o dia de hoje |
| Seu Aimoré, seu Aimoré, seu Aimoré Okê Caboclo!! Aimoré ode Ô Saravá o Seu Guará... (Aimoré ode) Ô Sarava Tupinambá... (Aimoré ode) Ô Sarava seu Sete Flechas... (Aimoré ode) |
Já dizia um bom caboclo a umbanda é pra quem tem fé Ai de mim meu bom caboclo, sua banda é de guiné Se o caboclo é bom? Bate palmas pra ele Se o caboclo é bom? Bate palmas pra ele |
| Guará ê... ê... Guará Guará da mão de Deus, Guará Ê... ê... Guará Guará da mão de Deus, Guará Mas você diz que é da lei, Guará Mas na Umbanda ele é o rei Guará |
O lírio é uma flor tão linda Que enfeita o Juremá Caboclo Lírio apanhou flecha na Jurema e com seu bodoque A sua ema foi caçar O lírio, ô lírio ê O lírio, ô lírio a O lírio, ô lírio ê... O lírio |
| No mar ele é remador Nas matas ele é caçador Mas ele é, ele é seu Pena Branca Ele é seu Pena Branca de Jesus de Nazaré |
Meu Deus, que penacho é aquele? Ë um penacho de arara Quando rompe a mata virgem Quando rompe a mata virgem É o Caboclo Ubirajara |
| Okauiza, Okauiza, Okauiza, Okauiza Eu vi caboclo na mata, eu vi Eu vi caboclo na mata, Okê Caboclo dentro da mata é coque E ele é seu Ubirajara no arerê |
Seu Ubirajara é pai É chefe de gongá Vamos pedir, vamos implorar Pra que só me dê forças esse orixá |
| Saravá todos seus filhos de fé Ubirajara vem na banda e vem trabalhar Ubirajara é caboclo flecheiro Ubirajara é cacique de pai Oxalá |
Ó que noite tão linda Ó que lua serena Saravá sua banda Banda da Jurema Seu orirê, seu orirá Ubirajara é pai na terra Pai no céu é Oxalá |
| A quanto tempo que eu não vejo A flor mimosa do jurema Até que chegou o dia De ver seu Ubirajara trabalhar |
Seu Ubirajara é canga na macaia Ele é caboclo em qualquer lugar Só não apanhe a folha da Jurema Sem ordem suprema de pai Oxalá |
| Mata Virgem é caboclo valente Filho da Oxum, neto de Oxalá Quando a lua sair ele vai girar Quando a lua sair ele vai girar Ele vai girar... Ele vai girar |
Ele é Tupi, Tupinambá Ele é Tupi, Tupinambá Ele estava nas suas matas Caçando com sua mão Atirando a sua flecha no bicho que ia passando |
| Piava, piava, piava de arrepiar Piava, piava, piava de arrepiar Era uma linda jibóia Enrolada no bodoque de Tupinambá |
No alto da serra morena Eu vi a sucuri piar Ela piava, piava, piava Enrolada no bodoque de Tupinambá |
| Corococó faz o galo, no alto d’aquela serra Para salvar seu filhos, Okê! Tupinambá está na terra |
Jurema sua folha cura Jurema sua folha mata E quem é filho da Jurema Nunca se perde nas matas |
| Entrei nas matas encontrei uma cachoeira Procurei dona Jurema e ela estava na pedreira Vibrava com sua flecha na mão Dava seu brado de guerra pra Xangô, rei do trovão Pedi a proteção pra Oxalá Pra Oxossi lá nas matas e Ogum no Humaitá No céu um arco-íris nasceu Era mamãe Iemanjá, Iansã e Aieieu |
Oh! que cabocla tão linda que vem descendo das matas Ela desceu a pedreira, passou pela cachoeira E veio aqui saravá Salvou o sol e a lua, salvou a estrela e o mar Salvou Oxossi nas matas e todo o seu juremá |
| Jurema... Ô juremê, juremá Ela é cabocla de pena filha de Tupinambá Rainha da pontaria ninguém já viu ela errar Ela é ligeira nas matas ninguém já ouviu seu pisar Salve a cabocla Jurema |
Jurema preta, Princesa, Rainha... É dona da cidade lá da capelinha... Balança o céu e a lua, balança a terra e o mar Balança toda cidade lá do Juremá Ela é de Tupibiri é de Tupinambá É dona da cidade lá do Juremá |
| Jupira e Tatuíra Dona Jupira é uma cabocla valente Me olha a sentinela de Umbanda, ô Jupira E deixa os caboclos trabalhar |
Cabocla d’água não é de pena Mora nas matas na cidade da jurema Olha o seu barco como vem remando Nas águas verdes, clara e serena |
| Lá no mato tem odé, lá no mato mora Lambari de ouro está puxando tora Ta puxando tora, ta puxando tora Pra fazer capela pra Nossa Senhora Ta puxando tora, ta puxando tora Ele é caboclo de Deus e Nossa Senhora |
Cobra Coral é caboclo Cobra Coral é caboclo Ele mora na Jurema e é mano de Arranca Toco |
| Quando tem festa lá na sua... Aldeia... Até a lua vem ilu... minar... E os seus filhos com amor Para Jupira eles vem... Cantar... Na sua aldeia ela é... Jupira Ela é uma linda cabocla... de pena... Nas suas matas, lá na Jurema Ninguém faz nada sem ordem suprema |
Ô Jurema, jureminha Rainha dos caçadores Mas ela firma o seu ponto na areia Na linha das almas Na linha de Nagô |
| Lá na sua aldeia Na sua aldeia aonde canta o sabiá Na sua aldeia aonde canta o sabiá Tem jibóia caninana e também tem cobra coral |
Sultão da mata ê... ê... Sultão da mata ê... a... Sultão da mata é caçador Sultão da mata é curador Ele vem curar seus filhos Quem mandou foi o senhor |
| Seu Pena Verde quando vem lá de aruanda Trazendo pemba pra salvar filho de Umbanda Ele é caboclo, ele é cacique e é curador Lá nas matas Pena Verde é caçador |
Mas ele vem colher as rosas Que nesse reino tem Mas ele é seu Tupiraci Que só pratica o bem |
| Eu vou pedir licença a Deus Pra meio mundo governar Governo o sol, governo a lua Governo todo o Jurema |
Oxossi da pedra lisa Passeava naquela rua Olha que beleza, o clarão da lua |
| Ele vem de longe sem conhecer ninguém Veio colher as rosas que neste reino tem Ele vem de longe Do alto da serra morena Ele é caboclo Roxo Rei caçuté lá da Jurema |
A minha aldeia está cercada... de caboclo é Aldeia do seu Mata Virgem... de caboclo é |
| Apanha folha por folha omi Tata mirô Ele é filho da Jurema omi Tata mirô Não deixa cair no chão omi Tata mirô |
De onde vem seu Pena Branca Mas ele vem da cidade da Jurema Mas ele vem, zoando... zoando... Sacudindo a sua pena Levantando poeira |
| Caboclo apanha a sua flecha Pega o seu bodoque O galo já cantou O galo já cantou na Aruanda Oxalá te chama Para sua banda |
Caboclo vai embora Pra cidade da Jurema Mas Bom Jesus tá lhe chamando Pra cidade da Jurema Mas ele vai ser coroado Na cidade da Jurema Com a coroa de Aiêêu |